Em um futuro não tão distante
O anjo de fogo abriu suas asas sobre a face da Terra, e o planeta ardeu. Os mares secaram e a vida marítima se foi junto a ele. A terra ardia e a vida se tornava escassa, as plantações se foram e os impuros com elas. A terra era seca e infértil, a magma no interior da esfera foi expelida transformando a superfície de Gaia em um mar de lava. Agora restava uma dúvida. Teríamos terminado, ou voltado ao começo?
A história da criação - Aurora dos tempos
Ao derrotar Tehom, Yahweh, a ordem se declarou senhor do bem e do mal, a ordem e o caos juntos em um único ser. O deus todo-poderoso criou seu universo durante milhões de anos, ao que os mortais chamariam de dias. No primeiro dia, Deus criou a luz, e a separou das trevas que sempre havia existido. No segundo dia, Deus criou o céu. No terceiro dia, Deus disse que houvesse terra, e plantas sobre ela e conforme sua vontade assim aconteceu. Ao quarto dia, Deus ordenou que houvessem estrelas, astros e corpos celestes, e assim se fez. No quinto dia Yahweh criou as aves, e as criaturas marítimas de alma vivente. No sexto dia Deus criou as feras da terra e o homem. Contudo esta é só a primeira parte da história, o homem nasceu à imagem e semelhança de Deus. Adão e Eva perderam sua divindade a partir da perda de sua inocência. Enfurecido, lágrimas de raiva e ódio deixaram o rosto de Deus, seria o único fracasso de Yahweh. As lágrimas fecundaram o chão, em partes do mundo diferentes, e delas nasceram divindades, filhas legítimas de Deus por terem nascido a partir de seu corpo, e não esculpidas em barro. Deus mandou que seus anjos expulsassem Adão e Eva do Éden, e os dois que os expulsaram ascenderam ao céu junto a ele, de onde nunca mais deveriam sair. As divindades nascidas das lágrimas de Deus, seriam responsáveis por guiar a humanidade, e seriam chamados de deuses. E com a ascensão de Deus, o sétimo dia começou, o dia de descansar, e ele duraria até o oitavo dia, o acerto de contas, o apocalipse.
Carta de Papa Gregório I, o magno para Miguel - 17, de julho de 590
" Ainda me desconcerta caro arcanjo o nascimento daquele semideus, a quem chamo de salvador, Jesus de Nazaré. Não creio que seja de meu entendimento, ou de minha responsabilidade conhecer tais segredos, por isso hei de me calar. Quero te avisar que agradeço pelo envio de parte da milícia, mal podem esperar. Hei o momento dos injulgados e seus filhos pagarem por seus crimes, contudo entristece-me o que aconteceu com Pelágio, reconheço que há sacrifícios para ganhar uma guerra, mas pergunto-me se não foi um preço alto, peço que ajude-me a afastar estes impuros pensamentos de minha mente. Temos de vencer o embate, agora tenho posse dos dois anéis como já deve ser de vosso conhecimento. Na mão direita trago o anel de ouro com o rubi, representando o caráter e o sangue de São Pedro, que edificou a igreja, e o anel esculpido em prata com a safira que há de me fazer representar o apóstolo Paulo. Que minha voz seja suficiente, para fazer nossa voz chegar até os confins da terra do nosso senhor. Devo comunicá-lo que partirão amanhã pela madrugada as primeiras frotas. Os rebeldes serão punidos, e toda Roma os tem como heróis que vão catequizar os infiéis. Impressiono-me com a capacidade dos anjos de mudar de forma. Ut Deus tecum sit!"
Relatos da Ordem de Hécate - 12, de setembro de 590
As forças da igreja já entraram em território grego, com a suposta proposta de catequização penetraram em nosso território dizimando os que chamam de pagões por acreditarem em nossos deuses natais. Em Atenas já estavam preparados para lutar, contudo vindos dos céus aqueles que o império da Babilônia chamavam de anjos, em armaduras reluzentes de um metal resistente como nenhum outro surgiram se materializando a partir do vão. Nossas forças foram dizimadas pelas criaturas com enormes asas de aves e espadas capazes de cortar o calcário como quem rasga pergaminhos. Apenas eu e outros dos magos mais experientes fomos capazes de escapar pelos antigos túneis que sobrevivem abaixo do peso de Atenas, e chegamos até Esparta onde seria a próxima vítima como viemos a descobrir.
Assim que chegamos a Esparta, nós pusemos a orar e quando se iniciou a batalha, nossa senhora, Hécate surgiu com um manto de sombras e sua pele pálida tendo em sua companhia Cérbero, o cão guarda do mundo inferior. Foi de fato um privilégio ver Cérbero despedaçar os corpos das criaturas aladas com seus dentes, observando as mordidas dele pudemos notar que as criaturas se desfazem em uma poeira excessivamente brilhosa quando atingidas no coração. Todavia milady, acenou e com seu esmagador poder, os anjos e as forças de Roma foram cobertas por uma aura negra e transportadas por magia para fora de nosso território, para manter a magia ela precisou estar em seu auge, portanto agora a Grécia vive tendo a lua cheia com presença constante no céu, mesmo quando Apolo atravessa com seus cavalos do Sol e quando Hemera pinta o céu de azul, a lua continua exuberante com seu lugar agora definitivo, em um eclipse constante durante a passagem da biga de luz.
Assim que chegamos a Esparta, nós pusemos a orar e quando se iniciou a batalha, nossa senhora, Hécate surgiu com um manto de sombras e sua pele pálida tendo em sua companhia Cérbero, o cão guarda do mundo inferior. Foi de fato um privilégio ver Cérbero despedaçar os corpos das criaturas aladas com seus dentes, observando as mordidas dele pudemos notar que as criaturas se desfazem em uma poeira excessivamente brilhosa quando atingidas no coração. Todavia milady, acenou e com seu esmagador poder, os anjos e as forças de Roma foram cobertas por uma aura negra e transportadas por magia para fora de nosso território, para manter a magia ela precisou estar em seu auge, portanto agora a Grécia vive tendo a lua cheia com presença constante no céu, mesmo quando Apolo atravessa com seus cavalos do Sol e quando Hemera pinta o céu de azul, a lua continua exuberante com seu lugar agora definitivo, em um eclipse constante durante a passagem da biga de luz.
Escrita da Casa da Vida - 21, de novembro de 590
Eis que naquela época tolamente me questionava de Ísis havia se zangado conosco, pelos nossos inimigos serem alados como a deusa Ísis, tendo asas de pássaro em suas costas. Eles eram numerosos e poderosos, vestiam-se com armaduras que ofuscavam nossa visão brilhando intensamente filtrando a luz vinda de Rá. Suas espadas conseguiam cortar qualquer material, e chamas revestiam as lâminas com cores nunca vistas antes, de uma maneira indescritível, pois minha escrita diminuiria a exuberância. Infelizmente naquele dia diante da derrota eminente, Iskhandar, um dos altos sacerdotes da casa da vida, o homem mais nobre que tive o prazer de conhecer, cortou seus pulsos e cravou a mesma adaga em seu coração. Seu sangue foi derramado no chão até a última gota, e pela adaga foi sugado até que ela fosse completamente tingida de vermelho. Como dominada por uma força invisível a adaga foi guiada até o chão onde se fincou e uma enorme nuvem de areia se levantou por todo Egito, e com ventos bestiais carregaram as forças papais para longe do domínio do Egito, onde lá, na fronteira a nuvem permaneceu impedindo a entrada de qualquer pessoa na terra dos faraós. Temos conhecimento que a ordem da deusa da lua foi vitoriosa na Macedônia, contudo pelo que sabemos os filhos da natureza, pela sua falta de organização e união fracassaram e foram dizimados um por um, felizmente pelo que chega aos nossos ouvidos, seus filhos foram poupados e residem em instituições criadas para abrigá-los. Não temos notícias mais ao norte, mas imaginamos que os "mortais" tenham reagido.
Diário de Ariane - 08, de abril de 593
Caro diário, fazem alguns dias desde meu quinto aniversário. Se passaram nove luas desde que estou aqui. Não deveria estar escrevendo já que criei você, as freiras e padres, me açoitam severamente quando crio algum tipo de coisa, mas sinto um êxtase gélido passar por meu estômago toda vez que o faço. Ontem foi um dia muito triste. Vi Mathew, Erick e John nus, estavam todos ajoelhados no chão com o corpo curvado, os padres chicoteavam suas costas com bastões e presos à eles nove tiras de couro, as cicatrizes em suas costas apenas cresciam. Todas as vezes que usamos nossas capacidades eles nos batem, queria poder amaldiçoá-las mas me felicito em ser diferente, acho que isso é errado. Ainda devo contá-lo outra coisa. Vesúvia cada vez mais torna-se uma excelente amiga, não entendo como ela consegue criar os reflexos mas a cada momento me apaixono mais por meus companheiros.
Transcrição da conversa de Urziel e Miguel - 30, de maio de 593
A casa dos ofanins costuma ser calma, mas com a presença dos dois gigantes o lugar estava diferentemente agitado. Urziel deixou o campo de batalha com a promessa que Gabriel não avançaria em pessoa, e foi até seu irmão, Miguel discutir que rumo seguiria. Com a presença dos dois titãs no palácio de cristal aquele dia seria um dia diferente. A assembléia iniciou e apenas três dos arcontes foram convidados.
- Irmão, não sei se é mesmo prudente continuar a enviar tropas para a terra dos macacos de barro. - Iniciou Urziel, e todos os generais recuaram em suas posições diante da voz firme do arcanjo.
- Por que repreende-me, marechal dourado? - Perguntou Miguel, com seu olhar feroz, enxergando além das palavras do irmão.
- Sabe que estamos em guerra civil contra Gabriel, se Rafael juntou-se a ele... Prefiro nem pensar nesta possibilidade, amargura-me o coração saber do desaparecimento de Rafael, e seria um golpe ele ter se juntado à Gabriel. Além de tudo Lúcifer mesmo com seu pequeno contingente de caídos não deixa de ser uma ameaça. Não é prudente enviar mais tropas até a Haled. - Tentou persuadir Urziel, citando a situação que se encontrava o universo dos alados.
- O poder de Deus não me faz fronta, nem mesmo cura de Deus, Rafael, está desaparecido, conhece os princípios de nosso irmão, ele nunca se meteria em uma guerra, a fraqueza dos ofanins descende da bondade exacerbada de Rafael. Quanto a Lúcifer, nunca ousaria nos afrontar. Não pense que sou um tolo, pois não o sou marechal. Enviei Metraton para Terra, onde além da segurança do Papa também deve permanecer alerta para as forças infernais. Cativo os humanos, para conseguir prestígio do Éden celestial, se tivermos passagem por lá, esta guerra estará ganha. - Recitou por completo seu plano Miguel, olhando nos olhos de Urziel, contudo vendo além do rosto do irmão, vislumbrando todo o cenário da guerra.
- Penso que estamos desobedecendo a vontade de Deus, irmão. Desde ele ascendeu junto à Kaira e Nathaniel, nenhum anjo deveria voltar até a Haled, e tu melhor que ninguém sabes. - Argumentou Urziel, lembrando das palavras do senhor seu Deus, e seu pai.
- Contesta-me Urziel? Saiba que eu sou o príncipe dos anjos, o primeiro arcanjo, o escolhido de Deus para guiar os anjos! Quem desobedece as ordens é Gabriel que rebela-se contra mim! - Explodiu Gabriel, mostrando o quanto o assunto era delicado.
- Pois que seja feita a tua vontade. Voltarei com meus querubins para o campo de batalha. - Urziel respondeu tomando cuidado para ser inexpressivo diante das palavras do irmão. Apoiou a mão no cabo de sua espada e foi embora na companhia dos generais, calados com uma disciplina angelical extrema.
- Irmão, não sei se é mesmo prudente continuar a enviar tropas para a terra dos macacos de barro. - Iniciou Urziel, e todos os generais recuaram em suas posições diante da voz firme do arcanjo.
- Por que repreende-me, marechal dourado? - Perguntou Miguel, com seu olhar feroz, enxergando além das palavras do irmão.
- Sabe que estamos em guerra civil contra Gabriel, se Rafael juntou-se a ele... Prefiro nem pensar nesta possibilidade, amargura-me o coração saber do desaparecimento de Rafael, e seria um golpe ele ter se juntado à Gabriel. Além de tudo Lúcifer mesmo com seu pequeno contingente de caídos não deixa de ser uma ameaça. Não é prudente enviar mais tropas até a Haled. - Tentou persuadir Urziel, citando a situação que se encontrava o universo dos alados.
- O poder de Deus não me faz fronta, nem mesmo cura de Deus, Rafael, está desaparecido, conhece os princípios de nosso irmão, ele nunca se meteria em uma guerra, a fraqueza dos ofanins descende da bondade exacerbada de Rafael. Quanto a Lúcifer, nunca ousaria nos afrontar. Não pense que sou um tolo, pois não o sou marechal. Enviei Metraton para Terra, onde além da segurança do Papa também deve permanecer alerta para as forças infernais. Cativo os humanos, para conseguir prestígio do Éden celestial, se tivermos passagem por lá, esta guerra estará ganha. - Recitou por completo seu plano Miguel, olhando nos olhos de Urziel, contudo vendo além do rosto do irmão, vislumbrando todo o cenário da guerra.
- Penso que estamos desobedecendo a vontade de Deus, irmão. Desde ele ascendeu junto à Kaira e Nathaniel, nenhum anjo deveria voltar até a Haled, e tu melhor que ninguém sabes. - Argumentou Urziel, lembrando das palavras do senhor seu Deus, e seu pai.
- Contesta-me Urziel? Saiba que eu sou o príncipe dos anjos, o primeiro arcanjo, o escolhido de Deus para guiar os anjos! Quem desobedece as ordens é Gabriel que rebela-se contra mim! - Explodiu Gabriel, mostrando o quanto o assunto era delicado.
- Pois que seja feita a tua vontade. Voltarei com meus querubins para o campo de batalha. - Urziel respondeu tomando cuidado para ser inexpressivo diante das palavras do irmão. Apoiou a mão no cabo de sua espada e foi embora na companhia dos generais, calados com uma disciplina angelical extrema.
Diário de Ariane - 21, de junho de 594
Aproxima-se o dia de nossa chegada. John e Mathew finalmente convenceram a última dúvida que restou em meu coração, falta menos de uma semana de caminhada até Roma. Pena que só restaram nós cinco, teremos de nos vingar pela sanidade de todos aqueles que estavam conosco no orfanato, e lá se perderam entre as torturas da igreja, se tornando verdadeiros animais, sem a sanidade ou mesmo o discernimento natural de qualquer coisa. Revivo cada momento em minha mente, desde quando John destroçou o primeiro corpo, até quando meu tímido Erick, por quem meu coração bate secretamente ordenou para construção, e as vigas se tornaram fracas e falhas até não suportarem o peso da construção e caíram, como desejo de meu amado.
Narração do dia da vingança - 19, de março de 595
Aqui narro o princípio de nossa falsa vitória, com pesar no coração descrevo a queda de dois de meus amigos.
O grupo chegou à frente do palácio de latrão, e a primeira a levantar a mão foi Ariane, senti quando ela acenou e o pesar encheu-lhe o coração. Minha amiga não era uma guerreira, e sim uma artista. Golens de pedra se erguerem a partir do solo de Roma, e o ar girou ao redor deles se incendiando automaticamente, e se auto-esculpindo como golens de fogo, enormes monstros com formas únicas e humanoides por mais que grotescas agora invadiam pela frente o palácio de latrão, todos somavam um grupo de vinte, todos produto do aceno de Ariane.
Ao notarem o alvoroço, todo o cidadão comum e inocente fugiu, desesperado. Como esperado as forças papais se locomoveram rápido, e um contingente de cavaleiros e soldados comuns foram movidos para entrada do palácio, todos somavam duzentos. Não passavam de uma patética interferência, rapidamente foram detidos ao chamar a atenção de um dos golens, ou despedaçados pela força de John, ou exterminados por uma das criaturas infernais que Mathew invocou.
- John, pare de brincar e vamos. - Eu, Vesúvia falei, e joguei meus braços para frente. Pedaços de vidro voaram para frente criados vindos do nada, perfurando o corpo dos cavaleiros e suas armaduras, em uma tempestade, penetrando em seus corpos, produzindo múltiplos cortes em uma única retumbância de gritos de agonia e dor.
- Seus truques não são válidos querida albatroz. - Ele sorriu, e girou em seu próprio eixo. Seu corpo se mimetizou para 1/7 de seu tamanho, tornando-se um pequeno morcego, que bateu asas e voou até dentro do palácio pela porta da frente, por mais que os golens tivessem aberto "entradas de ar".
Um por um todos seguimos para frente, entrando dentro do palácio, ao chegarmos lá, os cinco notamos a presença papal, sentado no trono de São Pedro, ao lado de um homem adulto vestido como um cardeal. Algo nos surpreendeu, o papa que já deveria ser um homem idoso aparentava ser um homem de idade contudo não a figura que imaginávamos. Gregório I, o magno aparentava estar em plena forma, com a cabeça repleta de fios grisalhos penteados para o lado, com uma barba negra rala e um corpo esbelto coberto pelas vestes típicas.
- Sejam bem-vindos, jovens! - Gregório gritou de seu trono fazendo sua voz ecoar por todo o paço, com teto alto e abobadado construído em mármore, com vigas enormes e uma rica tapeçaria no chão.
Todos estávamos impressionados em como a figura daquele homem era imponente, e demonstrava calma diante da situação, o palácio destruído e a dupla centena de cavaleiros mortos. Era impressionante como os golens não teriam notado uma presença daquela. John e Mathew não se intimidaram ou se quer recuaram, foram os primeiros a se mover. John agora em formato humano avançou com sua velocidade espantosa, deixando sua capa voar, por este fato diminuto teve de evitar as entradas de luz criadas pelos golpes do golens. Mathew tentou nitidamente invocar criaturas infernais, mas como esperado naquela terra dita santa, nada aconteceu. Sem se abalar ele avançou com as mãos para trás, onde as sombras que o tocavam tomaram forma de espadas e se materializaram nas mãos de Mathew.
- Metraton. - O papa em sua posição no trono, nem sequer se abalou. Citou o nome do anjo da morte, aquele conhecido como o anjo da besta que matou os primogênitos dos egípcios e o "cardeal" reagiu, com um único puxão a túnica do cardeal foi arrancada e por trás dela uma armadura angelical tomou forma, esculpida em metal dourado divino, havia um brilho dourado sobre ela que emanava uma aura de paz, mas também uma autoridade sem igual. Havia uma espada presa a armadura do anjo, flamas douradas eram cuspidas pela lâmina. Mathew e John estremeceram mas ainda continuaram a investida, agora mudando o alvo para o anjo.
- Contemplem a herança de Atlântida! - O papa gritou, como um maníaco e ergue seu braço direito com o anel de safira, um ideograma singular flutuou no ar, do tamanho de uma espada e feito em um brilho vermelho-sangue, todos os golens restantes que não foram destruídos pelos cavaleiros e agora faziam fila atrás de Ariane desapareceram como se nunca houvessem existido, e um sorriso surgiu nos lábios dos papa.
Nós três permanecíamos atrás, atônitos e absortos. John que por sua velocidade surpreendente alcançou o anjo primeiro, foi a primeira vítima. John agarrou o braço esquerdo do anjo com suas mãos, e quando iria erguê-lo para efetuar seu primeiro golpe, Metraton reagiu. Nada se equipara a velocidade daquele anjo, abrindo a palma da mão, o anjo golpeou o tórax de John, e o vampiro voou para trás, impactado. Com velocidade sem igual Metraton acompanhou John até o outro lado do paço, e em um único golpe enfiou a mão dentro do corpo do vampiro, e arrancou seu coração erguendo-o para o céu como um símbolo de vitória. Enxerguei de relance Ariane afundar o olhar no ombro de Erick, enquanto eu e ele estávamos sem reação impressionados demais. O erro de Mathew foi não ter deixado se afetar, apenas dobrando sua fúria, e a derramando sobre o anjo da morte. Ele avançou com um apetite insaciável de vingança e brandiu as duas espadas feitas com as sombras em direção ao anjo, formando o que seria um corte em "x". O anjo que permanecia parado esperando a investida de Mathew chegar até ele, desviou para o lado deixando as lâminas cortarem o ar. Ficando na lateral do bruxo, Metraton nem mesmo deu oportunidade para que ele se desequilibrasse. Com sua velocidade única agarrou a mão direita de Mathew e a moveu contra sua própria cabeça, fazendo com que a espada encontrasse diagonalmente o pescoço de Math. A cabeça de Mathew se desprendeu de seu corpo, não decepada mais arrancada tamanha a força do golpe do anjo da morte.
Ali, dois dos bruxos mais poderosos de toda a história caíram e agora seu sangue e seus cadáveres estavam no chão, servindo de decoração para a igreja católica. O papa estudava seu espetáculo do trono de São Pedro, e Metraton virou-se para nós três. Apenas houve tempo para que eu segurasse a mão de Ariane e recitasse uma palavra, para que ele corresse até mim e ficássemos cara-a-cara, ele tinha os olhos de uma besta, um insaciável matador em busca de sangue, com uma fome infinita.
- Kasandrark. - Dito a palavra, eu, Erick e Ariane nos teletransportamos para longe do palácio de latrão, e não deveríamos voltar nunca, para lembrança do papa uma pequena lasca de espelho ficou de presente no lugar onde eu estava, e meu trio ressurgiu sobre a face das águas de um lago nas ilhas germânicas.
Ali naquele lago edificamos nossa instituição, um lugar para onde qualquer jovem com capacidades sobrenaturais seria bem-vindo para aprender a conhecer suas capacidades únicas, em um lugar onde a mão tirana da igreja católica não poderia tocá-lo, e seria ensinado a usar suas capacidades com fins de interesse mútuo e individual, guiado por algumas das mentes mais sábias de nossa época. Não importa sua terra natal, ou mesmo seu tipo de magia, seria muito bem recebido.
O grupo chegou à frente do palácio de latrão, e a primeira a levantar a mão foi Ariane, senti quando ela acenou e o pesar encheu-lhe o coração. Minha amiga não era uma guerreira, e sim uma artista. Golens de pedra se erguerem a partir do solo de Roma, e o ar girou ao redor deles se incendiando automaticamente, e se auto-esculpindo como golens de fogo, enormes monstros com formas únicas e humanoides por mais que grotescas agora invadiam pela frente o palácio de latrão, todos somavam um grupo de vinte, todos produto do aceno de Ariane.
Ao notarem o alvoroço, todo o cidadão comum e inocente fugiu, desesperado. Como esperado as forças papais se locomoveram rápido, e um contingente de cavaleiros e soldados comuns foram movidos para entrada do palácio, todos somavam duzentos. Não passavam de uma patética interferência, rapidamente foram detidos ao chamar a atenção de um dos golens, ou despedaçados pela força de John, ou exterminados por uma das criaturas infernais que Mathew invocou.
- John, pare de brincar e vamos. - Eu, Vesúvia falei, e joguei meus braços para frente. Pedaços de vidro voaram para frente criados vindos do nada, perfurando o corpo dos cavaleiros e suas armaduras, em uma tempestade, penetrando em seus corpos, produzindo múltiplos cortes em uma única retumbância de gritos de agonia e dor.
- Seus truques não são válidos querida albatroz. - Ele sorriu, e girou em seu próprio eixo. Seu corpo se mimetizou para 1/7 de seu tamanho, tornando-se um pequeno morcego, que bateu asas e voou até dentro do palácio pela porta da frente, por mais que os golens tivessem aberto "entradas de ar".
Um por um todos seguimos para frente, entrando dentro do palácio, ao chegarmos lá, os cinco notamos a presença papal, sentado no trono de São Pedro, ao lado de um homem adulto vestido como um cardeal. Algo nos surpreendeu, o papa que já deveria ser um homem idoso aparentava ser um homem de idade contudo não a figura que imaginávamos. Gregório I, o magno aparentava estar em plena forma, com a cabeça repleta de fios grisalhos penteados para o lado, com uma barba negra rala e um corpo esbelto coberto pelas vestes típicas.
- Sejam bem-vindos, jovens! - Gregório gritou de seu trono fazendo sua voz ecoar por todo o paço, com teto alto e abobadado construído em mármore, com vigas enormes e uma rica tapeçaria no chão.
Todos estávamos impressionados em como a figura daquele homem era imponente, e demonstrava calma diante da situação, o palácio destruído e a dupla centena de cavaleiros mortos. Era impressionante como os golens não teriam notado uma presença daquela. John e Mathew não se intimidaram ou se quer recuaram, foram os primeiros a se mover. John agora em formato humano avançou com sua velocidade espantosa, deixando sua capa voar, por este fato diminuto teve de evitar as entradas de luz criadas pelos golpes do golens. Mathew tentou nitidamente invocar criaturas infernais, mas como esperado naquela terra dita santa, nada aconteceu. Sem se abalar ele avançou com as mãos para trás, onde as sombras que o tocavam tomaram forma de espadas e se materializaram nas mãos de Mathew.
- Metraton. - O papa em sua posição no trono, nem sequer se abalou. Citou o nome do anjo da morte, aquele conhecido como o anjo da besta que matou os primogênitos dos egípcios e o "cardeal" reagiu, com um único puxão a túnica do cardeal foi arrancada e por trás dela uma armadura angelical tomou forma, esculpida em metal dourado divino, havia um brilho dourado sobre ela que emanava uma aura de paz, mas também uma autoridade sem igual. Havia uma espada presa a armadura do anjo, flamas douradas eram cuspidas pela lâmina. Mathew e John estremeceram mas ainda continuaram a investida, agora mudando o alvo para o anjo.
- Contemplem a herança de Atlântida! - O papa gritou, como um maníaco e ergue seu braço direito com o anel de safira, um ideograma singular flutuou no ar, do tamanho de uma espada e feito em um brilho vermelho-sangue, todos os golens restantes que não foram destruídos pelos cavaleiros e agora faziam fila atrás de Ariane desapareceram como se nunca houvessem existido, e um sorriso surgiu nos lábios dos papa.
Nós três permanecíamos atrás, atônitos e absortos. John que por sua velocidade surpreendente alcançou o anjo primeiro, foi a primeira vítima. John agarrou o braço esquerdo do anjo com suas mãos, e quando iria erguê-lo para efetuar seu primeiro golpe, Metraton reagiu. Nada se equipara a velocidade daquele anjo, abrindo a palma da mão, o anjo golpeou o tórax de John, e o vampiro voou para trás, impactado. Com velocidade sem igual Metraton acompanhou John até o outro lado do paço, e em um único golpe enfiou a mão dentro do corpo do vampiro, e arrancou seu coração erguendo-o para o céu como um símbolo de vitória. Enxerguei de relance Ariane afundar o olhar no ombro de Erick, enquanto eu e ele estávamos sem reação impressionados demais. O erro de Mathew foi não ter deixado se afetar, apenas dobrando sua fúria, e a derramando sobre o anjo da morte. Ele avançou com um apetite insaciável de vingança e brandiu as duas espadas feitas com as sombras em direção ao anjo, formando o que seria um corte em "x". O anjo que permanecia parado esperando a investida de Mathew chegar até ele, desviou para o lado deixando as lâminas cortarem o ar. Ficando na lateral do bruxo, Metraton nem mesmo deu oportunidade para que ele se desequilibrasse. Com sua velocidade única agarrou a mão direita de Mathew e a moveu contra sua própria cabeça, fazendo com que a espada encontrasse diagonalmente o pescoço de Math. A cabeça de Mathew se desprendeu de seu corpo, não decepada mais arrancada tamanha a força do golpe do anjo da morte.
Ali, dois dos bruxos mais poderosos de toda a história caíram e agora seu sangue e seus cadáveres estavam no chão, servindo de decoração para a igreja católica. O papa estudava seu espetáculo do trono de São Pedro, e Metraton virou-se para nós três. Apenas houve tempo para que eu segurasse a mão de Ariane e recitasse uma palavra, para que ele corresse até mim e ficássemos cara-a-cara, ele tinha os olhos de uma besta, um insaciável matador em busca de sangue, com uma fome infinita.
- Kasandrark. - Dito a palavra, eu, Erick e Ariane nos teletransportamos para longe do palácio de latrão, e não deveríamos voltar nunca, para lembrança do papa uma pequena lasca de espelho ficou de presente no lugar onde eu estava, e meu trio ressurgiu sobre a face das águas de um lago nas ilhas germânicas.
Ali naquele lago edificamos nossa instituição, um lugar para onde qualquer jovem com capacidades sobrenaturais seria bem-vindo para aprender a conhecer suas capacidades únicas, em um lugar onde a mão tirana da igreja católica não poderia tocá-lo, e seria ensinado a usar suas capacidades com fins de interesse mútuo e individual, guiado por algumas das mentes mais sábias de nossa época. Não importa sua terra natal, ou mesmo seu tipo de magia, seria muito bem recebido.